O Sapo

Já faz algum tempo que não topava com um sapo na vida urbana de Curitiba, talvez o último tenha sido em Santa Felicidade, precisamente no Jardim Pinheiros, casa de minha avó. Hoje voltando da pós-graduação estacionei o carro na frente do portão e o ser anfíbio estava lá deu uns pulos foi pra lá e pra só se esconde na hora que fui fechar o portão. Como é bom esse contato com a natureza selvagem em pela selva industrial do Thomas Coelho.

Camel e Camelinho

Muitas garrafas espalhadas pelo bairro. Camelinho é um nome bem sugestivo da cachaça vendida no único mercado do bairro. Por ser barata, ela chegou para conquistar os bebedores do bairro. Se espalhou pelos gramados e ficou sem encontrar uma lata de lixo. Desestruturadora de famílias, de cérebros e fígados, a embalagem imita outra praga: o cigarro de marca Camel. 

Carro disso, carro daquilo...

Olha carro do peixe, peixe fresquinho madame traga a bacia...

Olha o carro da banana...

Olha o carro dos produtos de limpeza...

Tudo aqui é vendido em carros, comércio local representa dois bares, um mini mercado e uma vídeo-locadora. O resto é na base do grito e da correria. Revivendo a década de 80 e início de 90 em que morava na Aguá Verde e corria atrás do carro do sonho, da pamonha e do picolé.

Enquanto escrevo passava um carro anunciando ofertas de algum comércio longínquo.

 

Vista parcial do bairro.